O homem observou Alejandro por um instante — seus olhos escureceram como se uma sombra antiga tivesse voltado à tona. Bastou um segundo. Um único segundo de reconhecimento para que a tensão mudasse de forma.
— Retirem-se — ordenou, sem sequer olhar para os outros homens. Sua voz cortou o ar como uma lâmina afiada.
Os capangas hesitaram por um breve instante, confusos. Um deles até começou a falar, mas o homem lançou-lhe um olhar tão cortante que nenhuma palavra ousou sair. Em silêncio, recuaram, abrindo espaço como se estivessem diante de um predador prestes a atacar. O ar ficou mais denso, pesado de respeito e temor.
— Alejandro... — disse o homem, com um leve aceno de cabeça. — Eu não fazia ideia de que era você.
Alejandro manteve-se impassível. Seu corpo parecia relaxado, mas os olhos permaneciam atentos, afiados.
— Agora sabe.
O homem sorriu, tenso. Havia algo de quase reverente naquele gesto.
— Se eu soubesse... teria evitado o constrangimento.
— Ainda pode — respondeu Al