No dia seguinte, Natalie despertou com o céu já tingido de tons dourados. Os lençóis estavam embolados ao redor de seu corpo, e o bilhete de Alejandro ainda repousava sobre a cômoda, como um lembrete silencioso de que o perigo — e o desejo — ainda a cercavam.
Ela havia ganhado um dia de folga no trabalho — um presente inesperado, mas bem-vindo. Não queria passá-lo trancada dentro de casa, rodeada por lembranças e incertezas. Precisava respirar. Precisava se afastar, nem que fosse por algumas horas.
Vestiu-se com uma camisa leve, calça jeans e botas confortáveis. Pegou sua mochila, colocou uma garrafa d’água, o celular, e as chaves do carro. Já sabia para onde queria ir — um vilarejo costeiro a duas horas dali, conhecido por suas falésias e trilhas escondidas.
O motor do carro roncou suavemente ao ligar. Enquanto dirigia, a paisagem da Colômbia se descortinava diante dela: montanhas cobertas por vegetação densa, vilarejos com casas pintadas em cores vibrantes, e o mar, lá ao long