Já era quase meio-dia quando Natalie ouviu o portão automático da casa se abrir. Estava no sofá da sala com Amaya dormindo sobre seu peito, a cabeça apoiada com cuidado, enquanto Isadora, brincava ao lado, rabiscando corações e figuras de uma família em seu tablet.
Malu estava na cozinha, preparando algo, quando Alejandro entrou pela porta com o cenho fechado, o corpo tenso e os olhos escuros varrendo o ambiente como se ainda estivesse em alerta.
Natalie soube na hora. Algo tinha acontecido.
— Oi, — ela disse suavemente, tentando não despertar Amaya. — Tá tudo bem?
Ele assentiu com a cabeça, mas não respondeu de imediato. Fechou a porta com mais força do que o necessário e soltou um suspiro, passando a mão pelos cabelos.
— A gente precisa conversar, — disse ele, a voz grave e contida. — Mas… não agora.
Ela sentiu o estômago revirar. Ele se aproximou, acariciou de leve as costas de Amaya e beijou sua testa. Depois olhou para Natalie com aquele olhar que dizia mais do que el