Renzo Moretti e Maxwell Cross são irmãos, mas suas vidas seguiram caminhos divergentes desde o início. Renzo, o primogênito, cresceu nos corredores sombrios da máfia italiana, destinado a assumir o legado de seu avô, o poderoso Vittorio Moretti. Maxwell, por outro lado, tornou-se um agente da Interpol, determinado a fazer justiça e combater o crime. O destino dos irmãos se entrelaça quando Maxwell, ambicioso e determinado a ascender na carreira, rouba arquivos confidenciais de Renzo para oferecer à Interpol, desencadeando uma perigosa guerra entre os dois. Para manter seu irmão sob controle, Renzo decide sequestrar a namorada de Maxwell, Madison Bennett, uma professora de piano com uma vida simples e sem suspeitas. O que Renzo não esperava era que, no meio da trama de manipulação e vingança, ele e Madison acabariam se apaixonando, desafiando todas as expectativas e lealdades estabelecidas.
Ler maisEm uma sala fracamente iluminada, Madison Bennett, uma professora de piano em uma escola primária, se perguntava o porquê de estar ali. Ela não se lembrava de qualquer inimigo iminente que pudesse raptá-la a luz do dia para fazer qualquer tipo de cobrança. Pois ela tinha plena certeza que não era por dinheiro, visto que, tinha uma vida simples e não vinha de família rica.
Madison tentava controlar sua respiração com o intuito de desacelerar as batidas de seu agitado coração. O medo corria em suas veias, ela não conseguia enxergar perfeitamente devido a péssima iluminação do ambiente. Ela não sabia exatamente a quanto tempo estava ali, pois a última coisa que lembra é de um carro preto fechando seu caminho e um homem alto, corpulento e, vestido de preto saindo do carro e indo em sua direção. Logo depois ela apagou e acordou dentro daquele cômodo. Faziam, mais ou menos, 30 minutos que Madison havia despertado e não havia sinal de qualquer outro ser humano dentro daquele ambiente.
Seus pensamentos foram diretos para o seu namorado, Maxwell Cross, um policial recém transferido para a Interpol devido as suas capacidades intelectuais. Madison desejava que nessa altura do campeonato Maxwell já soubesse do seu rapto e estivesse a sua procura.
Pouco tempo depois, um grunhido da porta de ferro preencheu o ambiente assim como um grande fecho de luz, fazendo Madison fechar os olhos pelo incômodo. Uma figura alta passou fechando a porta atrás de si fazendo a iluminação ficar fraca novamente. Enquanto estabilizava sua visão, Madison pode ouvir passos indo em sua direção com precisão. Ainda que o ambiente não estivesse totalmente escuro, ainda assim era difícil enxergar ali. Contudo, a pessoa que caminhava em sua direção parecia que conseguia enxergar no escuro.
Poucos centímetros de distância, os passos pararam e tudo ficou um total silêncio. Madison sentiu seu corpo se arrepiar e parecia que o ambiente havia abaixado alguns graus de temperatura. Ela não sabia o que estava prestes a acontecer e temeu por sua vida. Seu corpo passou a tremer involuntariamente e então ela ouviu um som. Foi uma risada grave e abafada.
— Quem é você? — Ela tomou coragem para questionar. — O que você quer de mim?
Com um clique, o ambiente foi iluminado por uma lâmpada que tinha uma luz amarelada e fraca. Madison não sentiu sua vista doer dessa vez, mas um leve incômodo que a fez fechar os olhos por alguns segundos e abri novamente.
Na sua frente havia a figura de um homem alto e postura imponente. Ele tinha um sorriso malicioso em seus lábios e seus olhos eram tão negros quanto uma noite sem estrelas. No entanto, ele parecia ter sido esculpido por anjos e moldado por demônios. Sua beleza era avassaladora. Dono de um corpo definido, sem músculos exagerados, mas seus ombros largos e braços forte lhe davam a estrutura de um homem altamente musculoso. O homem usava uma camiseta preta sem manga deixando seus braços expostos. Eram totalmente tatuados, assim como muitas partes do seu corpo. Por mais que ele exalasse uma beleza encantadora, ao mesmo tempo sua aura causava medo. Aquele homem emanava um poder amedrontador e aquilo fez o corpo de Madison estremecer mais ainda. Os lábios dele se curvam em um sorriso cruel à medida que ele deu mais um passo à frente, fazendo a luz reluzir nas tatuagens que cobrem seus braços como uma segunda pele.
— Olá, Madison! — Ele fala com sua voz potente e grave.
— Como sabe o meu nome? Quem é você? — Sua voz trêmula denunciava seu medo.
O homem sorriu ainda mais ao ouvir a pergunta de Madison, como se estivesse se deliciando com o medo dela.
— Oh, querida Madison, sei muitas coisas sobre você. E quanto a mim, bem, posso me chamar de muitas coisas, mas para você, pode me chamar de “Sombra” como muitos me conhecem. — Ele respondeu, sua voz ecoando no ambiente.
Madison engoliu em seco, sentindo um frio na espinha ao ouvir o apelido que o homem deu a si mesmo. Ela tentou manter sua compostura, mesmo que estivesse tremendo por dentro.
— O que você quer de mim? Por que me trouxe aqui? — Ela perguntou, tentando controlar o tremor em sua voz.
O homem deu uma risada sombria, seus olhos negros tinham um brilho perigoso.
— Oh, Madison, você é especial. E eu tenho planos muito interessantes para você. — Ele respondeu, sua voz enviando arrepios pela espinha de Madison.
Ela engoliu em seco novamente, lutando para não sucumbir completamente ao medo que a envolvia. Ela precisava manter-se forte, especialmente se quisesse sair dessa situação a salvo.
— Eu não sei o que você quer de mim, mas eu não vou facilitar para você — ela declarou, tentando soar mais corajosa do que realmente se sentia.
O homem apenas sorriu, como se estivesse se divertindo com o desafio que Madison representava.
— Oh, Madison, você não tem escolha. Você já está completamente nas minhas mãos. — Ele disse, seu sorriso se alargando ainda mais. — Você só escapa agora se eu o permitir. Ninguém conseguiu escapar de mim até hoje, querida.
Madison sentiu um calafrio percorrer sua espinha enquanto percebia a verdade nas palavras de Sombra. Ela estava completamente à mercê desse homem misterioso, e não havia nada que pudesse fazer para escapar dele.
— Você é um Serial Killer? — Ela perguntou temerosa.
Sombra dessa vez gargalhou achando divertido a pergunta da mulher.
— Não, baby. Eu sou o pesadelo de um Serial Killer — ele respondeu ficando sério.
A manhã nascia limpa e suave sobre a costa italiana. Um vento brando atravessava os vidros altos da sala de jantar, enquanto a luz dourada invadia o espaço lentamente. Renzo e Madison estavam sentados à mesa — um ritual silencioso e delicado que, dia após dia, se tornava hábito.Martina, a empregada, circulava discretamente com as mãos habilidosas, servindo o café, os pães recém-assados e a tigela de frutas frescas. Havia uma quietude respeitosa naquele cômodo, como se tudo ali soubesse que qualquer ruído mais alto poderia quebrar um equilíbrio tênue.Renzo mexia o café devagar, o olhar fixo na xícara. Vestia uma camisa preta de tecido fino, os cabelos ainda levemente úmidos, como se tivesse vindo direto do banho. Madison, à sua frente, mantinha os ombros relaxados, mas os olhos atentos. Ela já reconhecia a tensão nos pequenos gestos dele — o silêncio denso, os olhares demorados demais.— Dormiu bem? — ele perguntou, com a voz rouca da manhã.— Sim — respondeu, desviando o olhar para
O relógio marcava quase seis da tarde quando Renzo voltou ao seu escritório no andar térreo da mansão. O sol dourado invadia o cômodo pelas grandes janelas, tocando os móveis escuros com um brilho suave. O ambiente exalava ordem e poder: estantes cheias de livros jurídicos, obras de arte discretas nas paredes, e sobre a mesa, uma pilha de documentos exigia sua atenção.Ele afrouxou o primeiro botão da camisa, jogou-se na poltrona de couro e pegou uma pasta marcada com um selo discreto — era a papelada de uma operação de transporte pelo porto de Trieste, cujos fiscais haviam exigido mais do que o costume para fechar os olhos. Renzo assinava, calculava, ajustava detalhes com uma precisão quase matemática. Era nisso que ele se sentia mais no controle: na administração do império que herdara — e expandira — com sangue, estratégia e disciplina.O celular vibrou sobre a mesa. Um número conhecido, porém raramente utilizado, acendeu a tela. Ele não precisou verificar quem era.Vitório Moretti
O silêncio pairava pelos corredores da mansão quando Renzo subiu as escadas em direção ao quarto de Madison. Seus passos eram firmes, controlados, como tudo que fazia. Ele não gostava de deixar pontas soltas, e Madison, apesar de estar sob seu domínio, ainda era uma peça importante no jogo que ele jogava contra seu irmão. Ao chegar diante da porta, ele bateu uma vez, sem paciência para esperar uma resposta antes de girar a maçaneta e entrar. Madison estava sentada na beirada da cama, distraída com um livro que nem percebeu a presença dele de imediato. Quando ergueu os olhos e viu Renzo parado ali, com sua postura imponente e olhar indecifrável, seu corpo enrijeceu. — O que foi? — Sua voz saiu hesitante. Renzo não respondeu de imediato. Em vez disso, deu alguns passos até parar diante dela e, sem cerimônia, estendeu um celular preto na direção dela. — Pegue. Ela franziu o cenho, encarando o aparelho como se fosse algo perigoso. — O que é isso? — Um celular. — Ele reviro
Irina sabia que precisava ser convincente. Se quisesse que seu plano seguisse adiante sem levantar suspeitas, teria que jogar suas cartas com cuidado. Era meio da tarde quando encontrou Renzo no escritório. Ele estava sentado atrás da mesa de madeira maciça, as mangas da camisa branca dobradas até os antebraços, uma taça de uísque ao lado e o olhar focado em um dos muitos documentos espalhados à sua frente. Ela respirou fundo antes de bater levemente na porta já aberta. — Don Renzo… — Sua voz era doce, polida, com a suavidade calculada de alguém que sabia como lidar com ele. Renzo ergueu os olhos lentamente, fitando-a com aquele olhar impassível que sempre a fazia engolir em seco. — O que foi? Irina forçou um sorriso tímido e deu um passo à frente. — Eu queria pedir uma coisa… Algo pessoal. Ele não disse nada, apenas arqueou uma sobrancelha em sinal para que continuasse. — Minha mãe faz aniversário essa semana… E faz muito tempo que não vejo meus pais. Eu queria visi
Os dias se arrastavam como uma tortura silenciosa. Desde que entregara a lista a Renzo, Maxwell sentia-se à deriva, preso entre a espera e o ódio crescente. Seu irmão ainda não dera novas coordenadas, e o silêncio de Madison doía mais do que qualquer ameaça velada. Ele sabia que Renzo jogava com ele. O desgraçado gostava de ter o controle, de mantê-lo na incerteza, sabendo que a ansiedade corroía sua mente a cada segundo. Maxwell passou a beber mais do que deveria. As garrafas de uísque sobre a mesa da sala de seu apartamento eram a prova disso. As noites eram passadas em claro, o celular sempre ao alcance, esperando uma ligação, uma mensagem, qualquer coisa que o tirasse daquela espera insuportável.Os dias sem sua noiva estavam se tornando insuportáveis. Tendo que mentir para os seus sogros que estava em uma viagem com Madison, pois ela não entrava em contato com eles há quase duas semanas. Isso já era tempo demais até mesmo para Maxwell. Ele enviava mensagens constantemente par
Maxwell encarava o celular em sua mão, o olhar fixo na tela enquanto o coração martelava contra suas costelas. A mensagem anônima ainda brilhava diante de seus olhos: "Aguarde meu próximo contato dentro dos próximos dias."A identidade do remetente permanecia um mistério. Poderia ser uma armadilha, um jogo de Renzo para dobrá-lo ainda mais. Mas e se fosse real? E se, finalmente, alguém estivesse disposto a trair seu irmão e lhe dar a chance de trazer Madison de volta? Ele respirou fundo, apertando o telefone com mais força do que o necessário. — Algum problema, chefe? — perguntou o hacker ao seu lado, sem tirar os olhos da tela do laptop. Maxwell desviou a atenção do celular e voltou ao motivo de estar ali. Ele não podia se distrair. Ainda precisava daquela maldita lista para cumprir as exigências de Renzo. — Continue. — Sua voz saiu dura, impaciente. O hacker deu de ombros e voltou a digitar no teclado. Os dedos dele voavam sobre as teclas, linhas de código enchendo a tel
Último capítulo