O motor do SUV negro ainda vibrava quando Alejandro Rojes desceu, sem pressa. A porta bateu com força atrás dele, e o som seco ecoou pelo beco estreito como um aviso de morte. Ele caminhava como se a rua lhe pertencesse — e, de certo modo, pertencia.
Ao lado, Ramirez o seguia em silêncio. Olhos atentos, postura firme. Leal até o último fôlego.
— Duarte tá ali dentro. Dois seguranças com ele. Rindo, bebendo... como se já tivessem vencido — disse Ramirez, a voz fria como aço.
Alejandro apenas assentiu. O olhar escuro feito abismo. Vestia preto da cabeça aos pés. As mangas da camisa dobradas até os cotovelos deixavam à mostra os antebraços tensos, as veias saltadas e o relógio de metal pesado — mais letal que qualquer soco.
— Esqueceram quem manda aqui... — murmurou. — Tá na hora de lembrar.
Entraram no galpão velho. Bastou a presença dele para o ar mudar. Um silêncio cortante tomou o ambiente. Um dos capangas tentou se levantar, trêmulo.
— Senta. — A voz de Alejandro era baixa, qu