Ponto de vista narrativo
O grande dia havia finalmente chegado.
Rafaella estava pronta. Vestida de branco, com o véu repousando suavemente sobre os ombros e os cabelos presos em um penteado clássico entrelaçado por pequenas tulipas brancas, ela parecia uma pintura viva. As damas de honra sussurravam elogios, Chiara havia chorado ao vê-la pronta, e Matteo parecia nervoso o suficiente para casar no lugar do irmão.
A poucos minutos de subir ao altar, Rafaella encarava seu reflexo com o coração acelerado. Era mesmo real? Estava mesmo prestes a se tornar esposa de Salvattore Bianchi?
Uma batida suave na porta interrompeu seus devaneios. Ela franziu o cenho.
— Não era pra ninguém mais entrar... — murmurou, mas ao abrir a porta, o susto a fez prender a respiração.
Salvattore estava ali, de olhos fechados, vestido impecavelmente com seu terno escuro e a rosa branca presa na lapela.
— Eu juro que não olhei — disse ele, com um sorriso travesso nos lábios. — Só vim te dar um beijo. Não me atreve