Capítulo 48 - Danilo

A tempestade parecia não ter fim. A chuva castigava o telhado do casarão da matilha, e cada trovão fazia o vidro das janelas vibrar.

O corpo doía em cada músculo, a febre vinha e ia como uma onda. Mas eu não podia parar. Não enquanto ela ainda estivesse lá fora.

Rebecca.

O nome dela queimava dentro de mim como um comando antigo, algo mais forte que razão, orgulho ou medo.

Desde que voltei da cidade, depois daquela perseguição maldita, nada em mim estava no lugar.

O vínculo estava ativo de novo, pulsante, cruel, constante.

Cada vez que ela dormia, eu sentia.

Cada vez que chorava, eu sabia.

E quando o perigo a rondava, o lobo em mim urrava como se as garras estivessem cravando o próprio coração.

Andei pelo salão vazio da sede. O fogo ardia na lareira, projetando sombras nas paredes de pedra. O cheiro de fumaça e chuva misturado com sangue seco me cercava como lembrança da noite anterior, quando enfrentei os caçadores. Ainda podia ver o olhar deles, humanos, mas frios demais para serem s
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