O salão da casa da matilha estava tomado por um silêncio estranho, pesado, um silêncio quase fora do lugar, como se todos já soubessem o que estava prestes a acontecer. Eu ainda sentia a energia da lua queimando dentro de mim, me dando boas vindas. Como se minha loba acordava de um sono gostoso. Meus olhos ardiam e cada músculo latejava, mas, pela primeira vez, eu não sentia medo da dor. Sentia apenas o vínculo.
A presença de algo que estava lá, mas dormia.
Ele estava lá.
Danilo.
O alfa.
O nosso alfa intocavel.
Seus olhos âmbar encontraram os meus quando entrei. Por um segundo, eu jurei que havia algo neles, algo que me puxava, que me reconhecia como igual, não como sua propriedade. Meu coração acelerou. Eu queria acreditar. Eu queria tanto acreditar.
Por um milésimo eu acreditei.
As conversas cessaram, todos os olhares se voltaram para nós. Alguns sussurros atravessaram o ar, murmurando o óbvio, a ligação havia se revelado. O alfa e sua Luna foram revelados pela lua.
Dei um passo à