O pátio da Lua Sangrenta estava silencioso, exceto pelo farfalhar do vento entre as árvores e os uivos ocasionais vindos da floresta. A lua iluminava cada pedra e cada sombra, como se o próprio céu assistisse ao que estava prestes a acontecer. River caminhava lentamente entre os guerreiros, sentindo o peso da responsabilidade em seus ombros, até que parou ao lado de Lyra.
— Precisamos conversar — disse ele em voz baixa, puxando-a para um canto mais afastado, entre a muralha e um barril de suprimentos.
Lyra arqueou uma sobrancelha, mas o seguiu em silêncio, sabia que estavam todos tensos. River segurou suas mãos, firmes, olhando diretamente em seus olhos.
— Lyra… quero que vá para a Vila das Bruxas.
— O quê? — Ela franziu o cenho, surpresa e indignada. — Você está me mandando fugir agora?
— Você está grávida, meu amor, gravida… — disse ele, com a voz pesada, mas ainda carinhosa. — Não posso te ver aqui quando a batalha começar. Não posso arriscar vocês dois.
Lyra cruzou os braços, sem