O vento da floresta sibilava entre os galhos retorcidos, e mesmo com a luz filtrada do sol matinal, havia um peso no ar. Lyra envolveu-se com mais força na capa que River havia lhe dado, o tecido ainda carregava o cheiro dele, terra, madeira e, bem de leve, sangue, afinal, alguém sempre parecia estar morrendo na terra de ninguém.
O caminho foi silencioso, e ela caminhou algumas horas decidida que era a melhor solução segui-lo. Mas quando a floresta começou a se fechar e os rosnados dos renegados se tornaram mais frequentes, a confiança de Lyra começou a vacilar.
Sera que não seria melhor se infiltrar entre os humanos? Nunca a encontrariam lá Kael nunca saberia… Saberia?
Isso seria melhor do que acabar dilacerada no caminho de uma alcateia perdida.
— Você realmente acha seguro ir para um lugar que foi amaldiçoado pelos anciãos? — A voz dela saiu firme, mas trêmula no fim. — As histórias sobre o Alfa da Lua de Sangue são tudo menos reconfortantes. Dizem que ele é uma besta, um monstro