O guarda era um lobo grande, de uniforme cinzento escuro, o semblante marcado pela impaciência.
— É a Luna! Ela vai morrer! — gritou Petra, ainda chorando. — O mata-lobos… está matando ela! Vocêssequestraram a companheira do supremo para deixar ela morrer assim? Ela não para de vomitar, não consegue respirar, ela está… — gaguejou, caindo de joelhos — …está morrendo!
— Cala a boca, ô vadia! — esbravejou o guarda, entrando na cela com brutalidade. — Vocês acham que vão me enganar? Acham que sou idiota?
— Olha pra ela! — gritou Petra. — OLHA PRA ELA, SEU MONSTRO!
— Cala essa boca e para de gritar! — o guarda avançou para empurrar Petra, mas ela recuou, mantendo-o distraído com sua gritaria.
Foi então que Lyra, ainda fingindo fraqueza, se levantou discretamente e, de uma vez só, se jogou em cima do homem.
— AGORA!
Ela rosnou alto e se agarrou ao pescoço do guarda com força. A surpresa deu a vantagem que precisava, ele tropeçou, batendo contra a parede, mas se manteve firme. Petra se ju