As mãos deles se tocaram. Era simples, mas naquele instante pareceu o gesto mais poderoso que poderiam fazer. River apertou levemente os dedos da companheira, sentindo o calor que o toque dela levava para seu corpo, para seu coração.
Então, a anciã da alcateia, uma loba de cabelos brancos presos numa trança grossa, deu um passo à frente. A voz dela era firme, mesmo cansada pelo tempo.
— Hoje, testemunhamos a união de nossos líderes. — disse, erguendo uma corda de flores trançadas, vermelhas e brancas. — O alfa supremo e sua Luna não pertencem apenas um ao outro. Pertencem a todos nós. Suas dores serão as nossas. Suas alegrias, nossas alegrias. Seu amor… nosso alicerce.
Com cuidado, a anciã passou a corda ao redor das mãos deles, unindo os pulsos lado a lado. Lyra sentiu o calor das flores recém-colhidas, o cheiro forte das pétalas esmagadas. Era quase como sentir a pulsação da própria alcateia.
Depois, a anciã pegou uma pequena tocha. O fogo tremeluzia na ponta, lançando fagulhas ao