Kael estava em fúria. Tudo estava despedaçando ao seu redor e ele via, cada vez mais, a confiança de seus soldados ruir. Não lhe restava muito: já não era o alfa que um dia fora e assistia, impotente, a alcateia que seu pai havia deixado para ele desmoronar sob seus dedos, junto com todo o poder que julgava ter conquistado. Estava envergonhando o nome daqueles que vieram antes dele sabia disso, sentia isso.
Culpava todos, menos a si mesmo. Culpava Lyra, culpava Camilla, culpava o supremo. Se recusava a aceitar que era ele mesmo o veneno que apodrecia Ventos Sombrios.
Quando o dia amanheceu, Kael não suportou a inquietação. Percorreu cada corredor, cada sala da mansão, empurrando portas, derrubando móveis e rosnando feito um animal enlouquecido.
— Onde ele está?! — berrou, a voz rouca e carregada de fúria. — Tommy! Seu inútil! Onde você se meteu?!
Soldados se encolhiam ao vê-lo passar, desviavam o olhar, fingiam não ouvir. Sabiam que o alfa estava doente, mas também sabiam que sua fúri