As feridas começaram a reagir imediatamente. A carne borbulhava, fechando-se devagar. Não como num passe de mágica, mas como se o próprio corpo de River estivesse lutando com tudo que tinha para sobreviver.
Quando o pior passou, Colin limpou as mãos e sentou-se ao lado.
Lyra estava agachada ao lado de River, o corpo dele ainda envolto em suor, a respiração irregular. As feridas estavam fechando devagar, mas o cheiro da prata ainda impregnava o ar, junto com a erva amarga que ela acabara de esfregar sobre as cicatrizes.
— Ele vai ficar bem? — murmurou Lyra, mais para si do que para as outras.
— Vai — respondeu Colin, sentando-se ao lado com um pano limpo. — A febre é reação da prata, mas seu corpo está lutando. Ele é forte, nunca vi um lycan resistir tanto, não a tanta prata…
River gemeu baixinho, o rosto contraído em dor. Lyra segurou sua mão com força, os olhos fixos no dele.
— Não me deixa... — ele murmurou entre dentes trêmulos. — Lyra...
Ela inclinou-se, encostando a testa na dele