Na Lua Sangrenta, o amanhecer trouxe cheiro de ervas e chuva. A alcateia estava mais organizada, alguns feridos já haviam se recuperado e o resto ia muito bem com os cuidados dos médicos e curandeiros. O hospital de campanha ainda estava cheio, mas havia uma esperança diferente no ar, tênue, cansada, mas viva.
Lua estava sentada ao lado da cama de Caleb, as mãos entrelaçadas nas dele. Os dedos dela acariciavam o dorso da mão dele, traçando as veias, como se o simples toque fosse capaz de trazê-lo de volta. Não sabiam quando ele ia acordar, mas seu corpo estava recuperado, a maioria das feridas já haviam cicatrizadas e apenas o local onde o supremo havia mordido, na garganta, estava ainda ferido.
Então, ele começou a se mover, um gemido baixo escapou de seus lábios rachados e Lua levantou o rosto na hora, o coração disparando.
— Caleb… — chamou, a voz trêmula.
Os olhos dele se abriram, devagar, a luz tremendo nas íris azuladas. Ele piscou, confuso, tentando entender onde estava. O ros