Atlas entrou na sala do trono feito um furacão.
As portas bateram contra as paredes com um estrondo que ecoou pelo castelo inteiro.
Ele vinha mancando, respirando como uma besta ferida, o colar queimando contra a pele marcada de veias negras. Mas nada disso diminuía a fúria que transbordava dos olhos dele, um olhar venenoso, encharcado de ódio.
— TRAGAM O CHEFE DA GUARDA! — rugiu, arremessando uma mesa inteira contra a parede.
Cadeiras voaram, taças quebraram, as tochas tremeram como se sentissem medo.
Os soldados recuaram, pálidos, sem ousar respirar.
O chefe da guarda entrou correndo, tropeçando ao atravessar o salão, se ajoelhou imediatamente, a fronte encostada no chão gelado. Atlas girou em sua direção com a violência de quem arranca a cabeça de alguém com as próprias mãos.
— ME EXPLICA — vociferou, cuspindo cada palavra — COMO, NAQUELE MALDITO DIA, A LUNA CONSEGUIU FUGIR?! O QUE VOCÊS FIZERAM?! COMO DEIXARAM A ÚNICA PESSOA QUE PODE ACABAR COM TUDO O QUE PLANEJEI ESCAPAR?!
O che