Dois dias haviam se passado desde a batalha.
Dois dias desde que o eclipse rasgou o céu e levou com ele o do Supremo.
A lua voltara a brilhar, mas dentro da alcateia, tudo ainda era sombra e medo, muito medo.
A enfermaria cheirava a sangue e ervas queimadas. Panos brancos, agora manchados, pendiam como fantasmas entre as divisórias de madeira. Os curativos amarelavam rápido demais, e o silêncio ali dentro era quase uma prece. Haviam perdido membros não só da alcateia deles, mas também dos aliados mas os sobreviventes estavam se recuperando bem e rápido.
Lua estava sentada na mesma cadeira havia horas, talvez dias, o tempo já não obedecia. O rosto pálido, os olhos fundos, o cabelo caindo em fios sobre os ombros, amarrados meio tortos e de mal jeito num rabo de cavalo baixo.
Caleb permanecia deitado na maca diante dela, o peito subindo e descendo num ritmo instável. As ataduras cobriam o torso, o pescoço e partes dos braços ele se curava devagar demais para um lobo. Parecia dormir, mas