Traído pelo próprio irmão e deixado para morrer na temida Floresta dos Espinhos, Caelan não esperava ser salvo por uma loba misteriosa. No entanto, o que deveria ter sido apenas uma noite de sobrevivência se torna algo impossível de esquecer—o cheiro dela, o calor, a conexão inexplicável. Lyra, marcada pela deusa e caçada desde sempre, comete um erro que pode selar seu destino: salva um homem sem saber que ele é seu inimigo. Caelan é irmão do líder do clã que destruiu o seu povo. O ódio e a dor deveriam afastá-los, mas a atração entre eles cresce como um fogo impossível de apagar. Agora, entre lealdades divididas e segredos que podem mudar tudo, Lyra e Caelan precisarão escolher: lutar por suas famílias ou se entregar ao sentimento que pode condená-los.
Ler maisNa noite em que seu pai morreu, Caelan pensou que o mundo havia ficado cinza diante de seus olhos. Malthus era o alfa dos Fúrias, o clã de lobos do Oeste e, quando partiu, todo o seu clã chorou pelo líder que perderam. Agora, diante do túmulo de seu pai, no alto do sopé daquele morro, ele só conseguia pensar que a clareira de flores ao redor era tão cinza quanto seu coração.
— Não tenho boas notícias.
Foi a voz de Dylan que cortou seus pensamentos e o fez rosnar em sua direção. Não queria ser interrompido, não daquela forma, quando estava diante do túmulo de seu pai.
— Caelan, não há tempo. Alexander está planejando invadir o Clã da Lua Negra e tomar a loba sacerdotisa como esposa.
Os dentes de Caelan trincaram, e ele acompanhou a silhueta de Dylan sair de sua frente quando começou a caminhar de volta para o pátio central, onde ficava o clã.
Alexander era o alfa dos Fúrias agora, mas antes… Antes deveria ter sido Caelan. Quando seu pai morreu e Alexander foi quem ficou ao seu lado nos últimos minutos de sua vida, tudo havia mudado para Caelan.
Seu pai havia escolhido Alexander para ser o líder dos Fúrias e não Caelan, mas aquilo ainda não fazia sentido em sua cabeça. Em sua última conversa, Malthus dissera que Caelan precisaria guiar seu clã e ter cuidado com Alexander, mas agora todo aquele discurso parecia vazio depois de sua morte.
Quando bateu com os nós dos dedos na porta do irmão, Caelan inspirou fundo e deixou que seu cheiro, o luto e toda a raiva se dissipassem. Era a última ordem de seu pai, e ele a honraria em vida, mesmo que não concordasse com as maneiras de Alexander de liderar.
— Estava esperando por você — Alexander disse quando Caelan entrou.
Estava sentado diante da lareira, de costas para Caelan, sem se dar ao trabalho de ir até o irmão. Foi Caelan quem se sentou ao seu lado, na poltrona de seda vazia que estava diante da lareira.
Era ali que costumavam ficar quando Malthus ainda era vivo. Caelan soprou a franja sobre os olhos e espantou as lembranças junto. Ele segurou uma caneca de licor, que parecia estar esperando por ele na mesinha à frente, e bebericou o líquido devagar.
O líquido queimou sua língua e desceu como um fel quente por sua garganta. Quente demais. Mas era bom, era algo que Malthus sempre compartilhava com Caelan quando estavam juntos.
— O Clã da Lua Negra é sagrado, Alexander.
— Sabia que diria isso… — Alexander o interrompeu. — Por que consideramos aquelas mulheres sagradas se apenas podemos tomá-las?
— Porque é o que Seraphire queria.
— Seraphire é uma lenda.
Caelan rosnou e apertou firme os braços da poltrona, mas a única resposta de Alexander foi começar a rir.
— Você sempre foi muito leal à deusa que nos abençoou. Mas ela desapareceu há trezentos anos. Depois disso, foram apenas casamentos abençoados por suas filhas, o Clã da Lua Negra.
Ele suspirou e passou a mão pelos cabelos antes de continuar:
— Precisamos ter controle sobre as profecias. Precisamos ter controle sobre nossos inimigos. Com as profecias, ditamos a ordem.
— Não era isso que nosso pai…
Alexander o interrompeu outra vez:
— Malthus está morto, e sua última vontade era que eu fosse o líder. E eu sou.
A última frase ribombou no espaço, e Alexander se levantou da poltrona. Caelan o seguiu.
— Sabe o que encontrei nos papéis de nosso pai?
Caelan seguiu o olhar para a antiga mesa de Malthus, onde o alfa sempre estava sentado, sem se perturbar com o mundo lá fora. Mas aquilo não existia mais, e, quando Alexander se sentou em sua cadeira, Caelan soltou um ruído com a boca.
— Melissa é uma prisioneira nas terras do Clã das Sombras. Nossa aliança foi desonrada. Melissa, nossa irmã, serve a homens que a desonraram e a tomam como escrava. É isso que quer para o nosso clã?
Aquilo fez o corpo de Caelan se retesar, a fúria subindo por sua garganta com um gosto amargo. O Clã das Sombras sempre fora seu inimigo. Agora, com a morte de Malthus, estavam começando a mostrar as garras novamente.
— Nosso pai era um covarde — Alexander cuspiu as palavras, e Caelan o encarou com a fúria que havia em seu coração.
— Em vez de ir à guerra contra a Sombra, ele preferiu fazer uma aliança.
— Uma aliança que havia sido cumprida...
— Até sua morte — Alexander rebateu com um sorriso. — Eles não querem uma aliança, Caelan, eles querem guerra. E é o que teremos.
— Malthus não queria isso...
— Nosso pai era um covarde, e eu não serei — Alexander aumentou o tom de voz, como se não existisse outra opção. Caelan cerrou os punhos ao redor do corpo, de pé em frente a Alexander.A selvageria de seu ato a fez arquear o corpo quando ele passou as unhas sobre seu abdômen, quando marcou sua pele exposta ao luar. Caelan trouxe fogo em sua língua, enviando pontadas de prazer por todo o seu corpo, deixando-a molhada em sua boceta.Lyra estava úmida, quente, lânguida por mais. Ela rosnou, ela uivou em resposta à lentidão de Caelan.— Vou foder-la, Lyra. Mas não hoje.Aquilo a fez rosnar para ele, enfiando as unhas em suas costas, o que fez com que Caelan segurasse suas mãos para cima e, como castigo, tocasse seu clitóris sensível. Lyra arfou, rangeu os dentes.Ela queria mais. Queria ele dentro de si.— Hoje, vou apenas lhe dar prazer de uma forma diferente.Quan
— Me solte! — Lyra gritou para o guarda que a empurrava de volta para o pátio das mulheres. Ela tentou mordê-lo, mas o homem se desvencilhou de seus dentes com um tapa no rosto. Ele a empurrou para dentro do quarto e fechou a porta.Lyra gritou, socou a porta com força e fez a única pergunta que conseguiu sair de seus lábios em meio ao ódio que a consumia: — O que fizeram com Caelan?O guarda começou a rir do outro lado enquanto a respondia: — Alexander vai dar uma lição ao nosso lobo. Todo lobo que deseja uma de suas parceiras dorme ao som da floresta.— Qual
Olá, minha alcateia! 🐺✨Espero que estejam curtindo a jornada intensa de Lyra e Caelan tanto quanto eu estou adorando escrevê-la! Cada cena, cada emoção e cada reviravolta são criadas com muito carinho, e meu maior desejo é que esses personagens conquistem um pedacinho do coração de vocês. 💜📢 Alguns lembretes importantes: 📅 Novos capítulos saem de segunda a sexta, sempre às 20h! ⏳ 🔥 Estamos chegando a um momento crucial da história, onde tudo vai esquentar ainda mais. Mais intensidade, mais drama, mais romance... e claro, muito hot. 😉Acompanhem cada detalhe dessa jornada, e não deixem de comentar! O feedback de vocês é essencial para mim, tanto para saber se a história está no ritmo certo quanto para sentir toda essa energia incrível que me motiva a continuar escrevendo. 💬💖Um uivo alto para vocês, Avalon 🐺💜
Caelan empurrou Lyra para trás quando o guarda de Alexander colocou os olhos sobre o corpo dela. O rosnado curto veio como um aviso, o que fez com que somente o guarda risse e os circundasse.— Alexander vai gostar de saber que uma de suas parceiras está nas mãos do irmão que ele exilou.— Exilou? — Lyra perguntou às costas de Caelan, com o tom de voz surpreso.— Alexander deixou que eu retornasse e me tornasse seu braço direito.O guarda riu, tão alto que fez Caelan morder os lábios com força para não socá-lo ali mesmo.— Alexander quer você, Caelan — ele fez uma pausa — debaixo dos seus olhos, para assim poder matá-lo com mais facilidade. Já que, na primeira vez, ele falhou…Caelan o encarou sem responder. Lyra estava tensa atrás de suas costas. Ele não podia fazer muita coisa por ela ali, não quando expor seu envolvimento com a loba levantaria suspeitas em seu irmão e faria com que ele reparasse ainda mais em Lyra.O pensamento embolou seu estômago e, quando o guarda a puxou pelos
— Caelan, você veio. Helena esticou as mãos em direção a Caelan, e ele as segurou. Ele deixou que ela passeasse as mãos por seu rosto, como se finalmente pudesse vê-lo. Caelan fez o mesmo: aninhou o rosto de Helena em suas mãos e beijou-lhe a testa demoradamente.— Não se esforce, Helena — Caelan respondeu. Então, o rosto de Helena caiu em direção a Dylan e, depois, como se soubesse que Lyra estava ali, moveu-se em direção à porta.— E você, quem é? — Havia uma doçura em sua voz que fez Lyra se encolher diante do escrutínio da mulher.— Lyra — Lyra respondeu, e a mulher deu tapinhas ao seu lado para que ela se sentasse ali.— Venha cá, deixe-me vê-la melhor. — Helena disse e
A sombra de Caelan caiu sobre Lyra, fazendo-a se esquivar para trás. Os ombros largos, a postura rígida… Lyra poderia ser espremida entre seus braços e sentir que pertencia a algum lugar. Ela se lembrou da sensação de ter aqueles braços fortes ao redor de seu corpo, de suas mãos grandes percorrendo sua pele, traçando cada espaço entre seus seios, entre seu íntimo.— Diga algo ruim para que eu não enlouqueça e a foda aqui mesmo, Lyra.O tom de voz de Caelan era urgente, e Lyra não o respondeu, porque a única coisa que se repetia em seus pensamentos era: “Me torne sua.” “Me tome por inteiro.”O rugido de Caelan a tirou de seus pensamentos. Ela o empurrou para longe com um chute nas costelas, sem conseguir mover um palmo daquele corpo duro e escultural à sua frente.— Não está adiantando, lobinha — Caelan rosnou outra vez.A voz dele fez algo se revirar em seu baixo ventre, fazendo Lyra juntar as pernas imperceptivelmente. O calor percorreu seu íntimo, mas ela não poderia deixá-lo perce
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