Solomon segurou o filho como se o mundo estivesse prestes a desabar ao redor deles, e, no fundo, estava. Os braços largos do beta envolveram Tailon, a barba roçando nos cabelos ruivos do garoto, e por um segundo toda a fúria que vibrava na alcateia pareceu recuar meio passo.
— Você fez um bom trabalho em cuidar das meninas — disse, a voz grave arranhando de orgulho contido.
Tailon assentiu, engolindo o nó que insistia em subir. Queria parecer sóbrio, adulto, guerreiro, mas o calor que subiu ao rosto o traiu quando os olhos dele buscaram, por reflexo, a silhueta de Amber perto do portão principal. Ela conversava com dois guardas e sorria de leve, nervosa, o mundo inteiro andava sobre uma corda bamba.
Foi então que um burburinho diferente atravessou o pátio, esticando olhares e erguendo pescoços. O cheiro veio primeiro, terra molhada, metal e o resíduo azedo do mata-lobos ainda impregnado na pele, e, depois, as pessoas se afastaram para que o lobo pudesse passar. Tommy surgiu da entrada