— Eu não trago exército pra uma missão que posso fazer sozinho — ele disse. — Só duas mãos.
Dois vultos saíram da sombra como se surgissem da casca das árvores, máscaras de tecido cobrindo o rosto, luvas até o cotovelo, botas de sola macia. Lyra não ouviu as passadas bem treinadas. O veneno no braço começou a latejar, subindo em ondas pelo ombro.
— Ai, Lyra, Lyra… — Atlas riu. — Você sempre cuida de todo mundo, menos de você.
Os dois homens avançaram, e Lyra recuou um passo, o joelho fraquejando de um jeito que não parecia cansaço, era como se seu corpo estivesse apenas desligando lentamente. O dardo. Ela pôs o pé firme e jogou o peso do corpo contra o primeiro, torcendo o pulso dele até ouvir o estalo, ouvindo o homem arfar, mas o outro já estava atrás, travando o braço dela pelas costas. Lyra tentou quebrar a clavícula com a nuca; ele calculou a distância e desviou a tempo.
— Me soltem! — Ela cuspiu as palavras, a voz vibrando no ar. — Me soltem agora!
Os dois sentiram, era o dom de