A floresta ao leste da Lua Sangrenta recebia a lua cheia em silêncio, o trio chegou à clareira por onde a luz descia como um holofote natural. O chão era uma mistura de folhas e terra úmida; uma pedra grande no centro parecia um palco, o tronco caído ao lado, um banco. Lua parou com a mão no peito; o chamado agora era quase voz.
— Aqui. — A palavra saiu com certeza. — Tenho certeza que ele tá perto.
Amber e Tailon ficaram de costas um para o outro, olhos varrendo as bordas, os sentidos ligados como rádio na estação certa. A guerra lá atrás continuava, cada explosão vindo como trovão atrasado, mas ali, no centro, era silêncio.
Primeiro, veio o cheiro: ferro, pelo molhado, sangue e algo doce mas esse doce sutil e reconfortante só Lua sentia, porque era o cheiro de seu companheiro. Depois, o barulho de galhos pesados sendo empurrados, a silhueta que emergiu não era a fera que invadia acampamentos, nem o humano que um dia perdeu a si mesmo. Era… algo entre as duas coisas. Ainda muito alto