Duas semanas depois
O tempo parecia ter passado arrastado desde o dia em que Amber chegou à Lua Sangrenta. As duas garotas não se desgrudavam, dividiam o quarto, os segredos e até as lágrimas que ainda insistiam em vir de vez em quando. Era como se tivessem se tornado duas metades de um mesmo coração, apoiando-se uma na outra para não desmoronar. A vida seguia, mas a sombra do luto ainda parecia rondá-las de vez em quando, porém, lentamente Amber começava a se reerguer com a ajuda da amiga.
Naquela manhã, Lua ainda dormia profundamente, enrolada nas cobertas, quando sentiu um peso sobre si, antes que pudesse reagir, ouviu uma voz animada, quase cantada:
— Feliz aniversário, amigaaaaa!
Amber havia pulado na cama, rindo, os cabelos bagunçados e os olhos brilhando de uma forma que Lua não via desde antes da tragédia. A energia dela era contagiante, tão viva que Lua se sentou rindo também, mesmo ainda sonolenta.
— Deusa, Amber! — Lua gemeu, rindo e empurrando a amiga de leve. — Você quer