A manhã surgiu silenciosa na mansão. O sol escapava pelas cortinas entreabertas, desenhando padrões dourados sobre o lençol amassado e os corpos entrelaçados de Luna e Leonel. Ela despertou antes dele, sentindo o calor do corpo dele contra o seu, os braços firmes ainda a segurando como se ele não quisesse deixá-la partir nem em sonhos.
Por um instante, Luna permitiu-se apenas observar. Os traços de Leonel estavam mais suaves enquanto dormia, sem o peso da desconfiança e da dor que ele carregava quando estava acordado. Ele parecia... em paz. Vulnerável. Quase doce.
O coração dela se apertou. Amava aquele homem de forma dolorosa, crua e profunda. Mas ao mesmo tempo, havia buracos demais na história dele, sombras que ela sentia que estavam prestes a engoli-los.
E então, a paz se desfez.
O celular dele vibrou sobre a mesa de cabeceira. Uma notificação acendeu a tela, revelando uma única mensagem que congelou o sangue nas veias de Luna:
“Chegou a hora de ela saber tudo. – G.”
Ela se sentou