O relógio marcava quase três da manhã quando Luna despertou. Seu corpo ainda estava aquecido sob os lençóis macios, as coxas trêmulas e o coração descompassado, como se a presença de Leonel ainda pulsasse dentro dela. A noite tinha sido intensa, marcada por confissões, lágrimas e corpos entrelaçados em uma dança de redenção e desejo.
A luz suave da lua atravessava as frestas da cortina, projetando feixes prateados sobre o quarto. A pele bronzeada de Leonel parecia brilhar sob aquele brilho lunar, o peito subindo e descendo lentamente, como se até o próprio tempo respeitasse aquele momento de quietude. Luna o observou por longos segundos, deixando que o amor e a confusão crescessem dentro dela.
Ela se levantou devagar, sentindo os músculos doloridos em lembrança dos toques dele. Pegou a camisa abandonada de Leonel no chão e a vestiu, inalando o cheiro amadeirado misturado ao perfume dela. Caminhou até a varanda em silêncio, deixando a brisa noturna acariciar seu rosto. Seus pensamentos