Do lado de fora da loja, o sol do início da tarde lançava reflexos dourados sobre a calçada de paralelepípedos. Elisa ajeitava a alça da bolsa quando, ao cruzar a rua com os olhos, avistou uma figura familiar entre um pequeno grupo de rapazes.
— Ivan! — chamou, erguendo a mão em aceno e com um sorriso espontâneo nos lábios.
Ivan ouviu a voz e logo a reconheceu. Sorriu e retribuiu o aceno com entusiasmo.
— Ei, vai lá falar com ela. A gente não ia pro cassino? — reclamou Dimas, um dos amigos, com expressão impaciente.
Ivan lançou-lhe um olhar divertido.
— Ah, Dimas… você realmente acha que eu escolheria a companhia de vocês dois ao invés da minha namorada? — disse com um tom leve, mas firme, sorrindo de canto, o que fez Murilo revirar os olhos.
— Tsc… essa desculpa foi conveniente. Sabia que ia dar pra trás porque ia perder de novo. — provocou Murilo, de braços cruzados.
— Ei, para com isso. Eu não sou um mau jogador. — retrucou Ivan, rindo, antes de atravessar a rua em