A loja de vestidos era um verdadeiro encanto para os olhos — largas vitrines de vidro deixavam entrar a luz suave do final da manhã, iluminando manequins adornados com vestidos de cetim, rendas delicadas e bordados minuciosos que reluziam como pó de estrela. O aroma sutil de alfazema misturava-se ao leve perfume de tecidos novos, criando uma atmosfera de sonho.
Eleonor adentrou o salão ao lado de suas filhas e de Catarina. Elisa, com os olhos aguçados e o andar confiante, logo se afastou para examinar as prateleiras mais sofisticadas, passando os dedos por detalhes bordados com um ar crítico.
Catarina, por outro lado, permaneceu imóvel por um instante, como se o tempo tivesse parado. Seus olhos se arregalaram ao avistar os vestidos em tons pastel, com saias rodadas e cinturas marcadas por laços graciosos. Ela nunca havia pisado em um ambiente tão refinado, tampouco imaginado vestir algo tão belo.
— Mãe, preciso sair agora. Tenho algo muito importante a fazer. — disse Patrícia,