— Bem, pensando bem, Patrícia está fazendo boas alianças — comentou Eleonor, a voz suave como veludo, mas carregada de intenções ocultas. — Agora, preciso pensar em você, Elisa. Tenho que arranjar alguém apropriado para compromisso. O tempo está passando.
O som seco do pincel caindo no chão quebrou o silêncio da sala.
— Mas quem seria? Eu não quero que me arranje um velho… e nem um homem feio! — rebateu Elisa, o rosto se contraindo numa mistura de espanto e repulsa. Cruzou os braços com tanta força que as rendas delicadas da manga se amassaram sob a pressão.
Eleonor nem piscou. O sorriso desapareceu de seus lábios, substituído por um olhar gélido, como o de uma estátua que contemplava algo muito além das paredes da casa.
— Que atitude é essa? Mais respeito. Quem vai resolver esse assunto serei eu — declarou com voz firme, cortante como lâmina. Era o mesmo tom que ela usava para encerrar conversas inconvenientes nos bailes de sua juventude.
Elisa, por um instante, pareceu menor na polt