A dor que dorme no quarto fechado Cap 12

Na manhã seguinte, com o céu coberto por nuvens acinzentadas, Eleonor saiu para visitar sua única amiga, Glória. O som abafado de seus saltos no corredor foi ficando distante, até desaparecer.

Patrícia espiou pela fresta da porta, certificando-se de que a casa estava em silêncio. O coração batia ligeiro, impulsionado pela curiosidade. Com passos leves, caminhou até o quarto da mãe. A maçaneta gelada girou com facilidade. Ela entrou.

O ambiente era soturno, envolto por uma penumbra persistente. As cortinas roxas, pesadas, abafavam a luz do dia como se quisessem impedir que qualquer verdade escapasse dali.

— "Parece um verdadeiro quarto de vilã" — pensou Patrícia, franzindo o nariz. — "Tenho que abrir um pouco..."

Com cuidado, ela puxou uma das cortinas. A luz invadiu o espaço como um intruso, revelando móveis antigos, pesados, e o leve cheiro de lavanda misturado com naftalina.

— Miau — miou a gata, surgindo debaixo da cama. Seu pelo branco parecia brilhar à meia-luz.

— Oi, grac
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App