Naquele mesmo dia, o príncipe Henry treinava com seu amigo Carlos no pátio interno do castelo, onde a luz dourada da tarde dançava sobre as pedras antigas e o tilintar das espadas preenchia o ar com ritmo quase musical.
O suor escorria pelas têmporas de Carlos enquanto ele lançava uma sequência veloz de ataques, a lâmina cintilando ao sol. Henry, firme como uma muralha, aparava cada golpe com precisão, os músculos tensos e o olhar concentrado.
Em um movimento ousado, Carlos avançou com força redobrada. Henry firmou os pés no chão, travando as espadas com o adversário. Por um instante, os dois ficaram parados, as lâminas cruzadas, medindo forças no silêncio tenso do combate.
Então, com uma agilidade inesperada, Henry deu um passo para trás, girou sobre o calcanhar e desferiu um golpe lateral certeiro que tocou o flanco de Carlos.
— Dessa vez, você ganhou — disse Carlos, ofegante, mas com um sorriso no rosto.
Henry retribuiu o sorriso, o rosto iluminado pelo triunfo discreto.
— Foi por