Ele se recusava a parecer fraco. A parecer atingido.
Mesmo estando. Mesmo sentindo.
Ele lembrou do colar, do momento em que o viu escolheu com carinho, com um pensamento idiota de que ela poderia sorrir e entender o gesto como mais do que um mimo... como algo mais profundo.
Agora, tudo parecia ridículo. Como se ele tivesse sido o único a sentir tudo aquilo.
Joaquim respirou fundo, afundou-se na poltrona do quarto e acendeu um cigarro que nem costumava fumar. Ficou ali, encarando o nada, sen-tindo o gosto amargo da entrega e a dor latejante de ter sido deixado.
— "Você foi embora, Alina..." — murmurou para o quarto vazio. — "Mas não pense que isso vai ser tão simples assim."
Porque agora, ela tinha mexido com algo que nem ele sabia que ainda existia.
O relógio piscava 3h42 da manhã.
Joaquim encarava o teto do quarto escuro, deitado sobre os lençóis ainda amassados pela presença de Alina. O corpo exausto pedia descanso, mas a mente... a mente estava em chamas.
Cada vez que fech