A madrugada estava silenciosa, e a casa repousava em uma tranquilidade quase absoluta. Alina dormia
profundamente, virada para o lado, o lençol leve cobrindo parcialmente seu corpo. A luz da lua entrava pe-la fresta da janela, iluminando seu rosto sereno.
O som da maçaneta girando suavemente quebrou o silêncio. Joaquim entrou devagar, fechando a porta com o mesmo cuidado. Caminhou até a cama sem dizer nada. O coração de Alina, mesmo adormecida, pareceu sentir a presença dele. Ela se virou lentamente, os olhos ainda sonolentos… até vê-lo ali, ao lado de sua cama, com aquele olhar intenso.
— Joaquim… — murmurou, a voz rouca pela sonolência.
Ele não respondeu de imediato. Apenas se inclinou, acariciando seu rosto com as costas da mão.
— Não consegui dormir — ele sussurrou. — Senti sua falta.
Antes que ela pudesse pensar em dizer algo, Joaquim se abaixou e a beijou devagar, com uma urgência
contida. Seu corpo cobriu o dela de forma protetora e possessiva. Alina reagiu instintivam