Ele cambaleava um pouco, visivelmente embriagado. Os olhos vermelhos e turvos.
— Bela noite com o namorado novo? — a voz dele era carregada de ironia.
Alina suspirou, exausta.
— Eu não vou fazer isso com você de novo, Joaquim.
— Fazer o quê, Alina? Sair por aí com qualquer um e depois agir como se não soubesse o que está fazendo comigo?
— Você beijou aquela mulher na minha frente! Fez questão de me humilhar!
— Eu só fiz o que você tá fazendo desde o dia que aquele cara apareceu — ele disse, se aproximando, o hálito cheirando a álcool. — Tá me enlouquecendo.
— Chega, Joaquim! Você tá bêbado, tá sendo cruel e ridículo! — ela gritou, contendo as lágrimas.
Ele riu sem humor.
— Vai fingir que esse cara te satisfaz? Vai dizer que ele te toca como eu?
Os olhos dele arderam. Ele a encarou em silêncio por um instante, então se virou, como se lutasse consigo mesmo.
— Letícia... foi embora de táxi. Não consegui... — ele disse com a voz falha, sem concluir.
Alina sentiu o estômago re