Naquela noite, ela jantou sozinha. Joaquim ficou no escritório resolvendo uma videoconferência internacional. Quando ele subiu, já passava das duas da manhã. O quarto dela estava escuro, a porta entreaberta. Ele espiou e viu Alina dormindo com um livro no colo. Por um momento ficou parado na porta, observando. Queria deitar com ela, senti-la perto. Mas ao mesmo tempo, sentia-se exausto e distante. Suspirou e foi para o próprio quarto.
No dia seguinte, a sensação foi a mesma. Alina acordou cedo, tomou café sozinha e ficou andando pela casa. Tentou se manter ocupada ajudando a organizar os detalhes da festa, mas não era a mesma coisa. A rotina que antes parecia
confortável agora sufocava. Ela já não sabia exatamente qual era seu papel ali. Era amada? Era necessária? Ou apenas
estava ali, por conveniência, por causa de Isabela?
Joaquim também não percebia que, sem querer, estava repetindo os mesmos passos que o levaram ao seu fim com Clara. Era diferente agora, ele sabia. Alina era out