O silêncio que pairou depois foi quase ensurdecedor. Verônica olhou diretamente para Joaquim, o cenho franzido de pura desconfiança.
— Do que ela estava falando, Joaquim? — sua voz saiu baixa, mas firme.
Alina ainda tinha a mão na dele, mas agora o olhava com confusão, o coração acelerado e uma pitada de medo se
misturando aos sentimentos.
Joaquim fechou os olhos por um segundo. Respirou fundo.
— Eu vou explicar. — disse, ainda sem soltar a mão de Alina. — Mas não aqui.
Verônica cruzou os braços.
— Eu espero que você explique mesmo, Joaquim... porque se for o que eu estou pensando...
Ele a interrompeu, sério:
— Não é. Mas eu devia ter resolvido isso antes.
Alina apenas assentiu, mas seu coração estava apertado. As palavras de Clara ecoavam em sua mente: “minha casa”, “a babá”, “a amante”. Ela engoliu seco. Sentia-se exposta, pequena… mas também queria ouvir a verdade.
Joaquim apertou levemente sua mão e falou em voz baixa, apenas para ela:
— Não deixa isso te abalar. Eu cuido disso.