— Vim ver minha filha. — Clara respondeu com naturalidade, como se sua presença não causasse incômodo.
— Você perdeu esse direito no dia em que virou as costas pra Isa e pro Joaquim.
— Isso não diz respeito a você. — Clara rebateu, agora com um olhar mais frio. — O que acontece entre mim e meu
marido...
— Ex-marido. — Verônica a interrompeu com firmeza.
— ...meu marido — Clara repetiu, ignorando a correção — não é da sua conta. Nem dessa menina — completou, lançando um olhar direto a Alina, que se encolheu instintivamente.
Alina sentiu a tensão no ar aumentar, mas manteve-se em silêncio. Já era difícil demais lidar com aquela mulher só pela forma como ela a olhava, como se fosse algo descartável.
Verônica deu um passo à frente, o rosto endurecido.
— Você não vai chegar aqui, como se nada tivesse acontecido, como se tivesse algum direito de decidir qualquer coisa. A casa não é mais sua. A vida do Joaquim não é mais sua. E Isa... bem, Isa tem quem cuide dela agora.
Clara arqueou uma so