— Você... como você está aqui?
— Eu tenho um helicóptero.
— Você tem o que? Deixa pra la.. Claro que tem.. — Disse rindo. — Voou até aqui? Por mim? No meio da noite?
— Eu disse que dormia melhor com você. — A voz dele saiu baixa, rouca. — E você disse que queria que eu estivesse aqui. Só fiz minha parte.
Ela ainda não sabia se ria, se chorava, se o abraçava ou o mandava embora.
— Achei que você estava brincando...
— Eu não brinco com você, Alina. Nunca.
O silêncio caiu entre os dois, pesado, carregado de tensão e desejo.
— Eu estou sem acreditar. — Ela admitiu, dando um passo em sua direção, sem conseguir tirar os olhos dele. — Você cruzou o céu por mim.
— Cruzo o inferno, se você me pedir. — Ele respondeu, já se aproximando, como um predador atraído por sua presa.
Ela mordeu o lábio, sentindo o coração pulsar em cada centímetro do corpo.
— Joaquim...
— Você pediu. E eu vim. Agora me diz... ainda quer que eu fique?
Ela o olhou nos olhos e soube a resposta sem nem precisar pensar.
—