— "Não consegui pensar em nada o dia inteiro. Rodrigo achou que eu estava doente."
— "Talvez esteja... de saudade."
Silêncio de novo.
— "Se quiser eu te busco agora."
— "Eu volto amanhã. Prometo." — Respondi rindo.
— Durmo melhor com você aqui. — "Vai dormindo sozinha?" — Ele provocou.
— "Você não disse para eu ficar em quarto separado?"
— "Eu disse. Mas não gosto de imaginar você sozinha numa cama... sem mim."
Fechei os olhos. O calor subiu pelo meu corpo como uma corrente elétrica.
— "Eu queria que estivesse aqui..." — murmurei.
— É só me pedir...
— Não posso pedir para você pegar a rodovia essa hora da noite e dirigir por 2 horas apenas para dormir comigo, porque estou com
saudade.
— Você pode! — Só pedir...
— Não vou decidir isso.
— "Sonha comigo." — Ele disse, e desligou.
— Você também.
Fiquei ali, encarando o teto, o celular ainda na mão, o corpo inteiro em brasa.
Amanhã... Eu voltaria pra casa. Pra ele.
A noite estava silenciosa na propriedade. Joaquim caminhava de um lado p