A casa estava em festa. Os risos ecoavam pelas janelas da fazenda, taças de cristal tilintavam e o som da música instrumental se misturava ao barulho de conversas entusiasmadas. Joana comandava tudo com elegância meticulosa, e Bruno, embora distante, fazia sua parte como anfitrião.
Izadora desfilava entre os convidados como uma princesa exilada retornando ao trono. Mas sua estadia chegava ao fim naquela noite. Quinze dias de tensão, dor e humilhação para Rafaella.
E agora que a “rainha” se retirava, todos esperavam que a “esposa legítima” voltasse ao seu devido lugar.
Mas Rafaella não era mais a mesma.
Quando Izadora entrou no carro e desapareceu pelos portões da fazenda, Bruno foi ao encontro de Rafaella já esperando o restabelecimento da “ordem”. Subiu as escadas para encontrá-la no antigo quarto, mas se deparou com a porta trancada.
Bateu uma vez. Duas.
— Rafaella, abra. Agora.
Do outro lado, a voz firme dela não tremeu.
— Esse é o meu quarto agora. Aqui eu durmo.
— Você é minha es