O contrato ainda cheirava a tinta fresca quando chegaram à nova residência.
Não era só uma casa — era um território. Uma mansão ancestral, isolada nos limites da floresta proibida, onde o clã há gerações não ousava pisar sem permissão. Lá, o ar era mais denso. E o silêncio, mais antigo.
Kael entregou as chaves a Narelle como quem oferecia uma coroa envenenada.
“Esse será nosso novo lar. Seguro. Protegido. Vigiado.”
Ela ergueu os olhos. “Vigiado” ? Não me ameace Kaell, já não basta a distância que terei que dirigir até a cidade todos os dias!
“É preciso...Por mim. Pelos meus. E pelos olhos que você não precisa conhecer. Além do mais, distância não é problema para lobos”
Não havia sorriso em sua voz. Nem calor. Kael estava cumprindo o prometido — protegendo o menino — mas havia anexado um contrato invisível, escrito em regras não ditas, nas entrelinhas do poder.
O garoto foi levado ao segundo andar superior por duas cuidadoras ômegas. Discretas. Obedientes. Mas Narelle viu o modo como