O salão privado da Ala dos Vorn estava tomado por silêncio. Não aquele silêncio confortável... mas o pesado, cortante. O tipo de silêncio que antecede as guerras.
Rhaek estava de pé, de costas para ela, olhando através da parede de vidro que dava para os domínios da cidade. As mãos cruzadas nas costas, o maxilar travado, a mandíbula pulsando.
— Então é isso? — A voz feminina soou, trêmula... mas não de medo. De revolta. De desespero mal disfarçado. — Você vai me descartar assim?
Ele não se virou.
— Eu não descarto o que nunca foi funcional. — A resposta veio seca, fria.
Ela apertou os punhos, caminhando a passos firmes até ele.
— Eu fui sua Luna. Eu sou sua Luna!
— Foi. — Ele finalmente se virou, olhos frios, cortantes, cheios de uma superioridade quase cruel. — Foi... até descobrirmos que todo esse tempo... você mentiu.
Os olhos dela marejaram, mas ela segurou.
— Eu... eu não menti! Eu não sabia...
— Não sabias? — Ele avançou dois passos, suficiente para que ela recuasse in