Nos dias que se seguiram, o desaparecimento de Callista se transformou em combustível para toda espécie de especulação. O assunto brotava nas manchetes de madrugada, renascia em podcasts ao amanhecer e se arrastava pelas timelines como uma mancha que ninguém conseguia limpar.
**Onde está Callista Aveline?** perguntavam os apresentadores com vozes carregadas de urgência.
Alguns afirmavam que ela havia fugido para outro país com dinheiro que, supostamente, guardara em contas paralelas. Outros juravam que fora internada às pressas numa clínica psiquiátrica depois de uma crise nervosa. Havia quem defendesse que tudo não passava de uma encenação — que ela se escondia para atrair compaixão e, na hora certa, ressurgir como mártir.
Mas dentro dos salões silenciosos da sede da Matilha Vorn, ninguém se permitia perder tempo em boatos. A paciência deles se esgotara.
Narelle foi a primeira a decretar:
— Chega. — A voz dela não tinha mais a dureza de antes, mas a firmeza era indestrutível. — Não v