A manhã se erguia úmida sobre os campos ao redor da sede. Um tipo de neblina pastosa cobria as trilhas, como se o mundo hesitasse em despertar. E, entre as pedras, o som dos treinamentos começava a ecoar.
Luxor já estava no centro da clareira quando os irmãos chegaram.
Kira veio à frente, os cabelos presos em uma trança dupla, a postura impecável. Atrás dela, as gêmeas — Tali e Runa — andavam lado a lado, espelhos uma da outra, olhos atentos, silêncio firme. Por fim, lobos Aron e Sileth, todos de doze anos, seguiam os passos dos mais velhos com a mesma rigidez que viam nos adultos, como se já carregassem o peso da hierarquia.
Luxor os observou sem falar. Não era dado a gestos afetivos, e tampouco esperava algo em troca. Ainda assim, notou quando Aron desviou o olhar, e quando Sileth inclinou levemente a cabeça — como um aceno envergonhado de reconhecimento.
Ficaram frente a frente por um tempo que pareceu mais longo do que era.
— Estão treinando juntos? — perguntou Luxor, enfim.
— Com