O tempo não curava — apenas distanciava.
Luxor não procurou Tiza.
Desde o dia em que a notícia chegou aos corredores da sede, sussurrada por bocas assustadas e olhos arregalados, o jovem herdeiro se manteve em silêncio. Nem uma palavra, nem um gesto. Apenas sua presença fria, seus treinos mais longos e suas ausências cada vez mais propositais.
Tiza, por sua vez, recusava-se a aceitar.
Não a gravidez. Mas tudo.
Recusava o silêncio dele.
Recusava a forma como o olhar das outras ômegas mudara — de desprezo para temor.
Recusava o corpo que começava a traí-la, os enjoos, os cheiros, os sinais que se acumulavam como insultos contra sua liberdade.
Narelle tentava manter a ordem. Mas mesmo ela sabia que algo escapava do controle.
— A gravidez foi confirmada — declarou uma das médicas do Conservatório diante do círculo dos anciãos. — Tiza está no segundo mês. Os batimentos estão firmes. O feto é viável.
Rhaek, em pé junto aos pilares, não disfarçou a tensão.
— E Luxor? Disse algo?
— Disse que