Três dias haviam passado desde o nascimento das crias. Três dias de silêncio, leite, folhas secas e noites acordadas no abrigo da floresta. Era o tempo exigido pelo antigo ritual — onde o lobo recém-pai se afastava do mundo para encontrar, entre sangue e sono, sua nova pele.
Agora, era hora de voltar.
E com a volta, viria a ascensão.
O cortejo que descia pela trilha era silencioso, mas imponente. Luxor caminhava à frente, o porte de alfa já moldado nos ombros, ainda que seus braços carregassem com delicadeza um dos filhos dormindo. Tiza vinha logo atrás, o outro bebê aninhado no tecido sobre seu peito. Entre o casal, um novo mundo nascia.
A trilha que os guiava até a sede principal estava ladeada por tochas acesas e ervas queimando lentamente. Lobos em forma humana se alinhavam ao longo do caminho, alguns com os punhos cerrados sobre o peito, outros apenas observando — o silêncio dizia mais do que as palavras ousariam.
No alto da colina, o novo lar os aguardava.
A Casa dos Vorns.
Alta,