Sigma. A viagem

A lua cheia escorria prata sobre os telhados da sede. Era uma noite de cerimônia, mas também de rachaduras. Nada do que estava por vir fora previsto nas runas. Nem nos sussurros das matriarcas. Apenas... sentido.

Tiza descia os corredores em silêncio, os cabelos presos, o vestido de linho escuro marcando as formas recém-acesas pela maternidade. As contrações ainda não haviam começado, mas os filhos chutavam com força, como se pedissem espaço, território, fogo.

Foi quando a ouviu. A risada abafada. O sussurro arrastado.

Dora.

Deitada entre almofadas no salão anexo, envolta apenas por um manto escorregadio, exalando o cheiro inconfundível de cio satisfeito.

Tiza não hesitou.

Entrou como uma tempestade contida — olhos em brasa, passos seguros.

— Dormiu com ele de novo? — a voz cortou o ar.

Dora táfingiu surpresa, mas não se levantou.

— E se dormi? Ele não é teu, ômegazinha. Nem tua cria ainda saiu de ti.

Tiza não respondeu com palavras. Mas com garras.

Avançou.

O impacto derrubou a ôme
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