CAPÍTULO 12 UM MÊS DEPOIS...
UM MÊS DEPOIS…
Os dias na casa de Matilde eram banhados por uma tranquilidade que Ava não se lembrava de ter sentido há anos.
A pequena propriedade no interior exalava aconchego, com suas janelas de madeira pintadas de azul, as cortinas brancas dançando suavemente com o vento e o aroma de café fresco misturado ao cheiro adocicado das flores do jardim.
Os primeiros meses de recuperação foi um desafio para Ava. Seu corpo ainda carregava as marcas do acidente.
Hematomas que se tornavam sombras amareladas sobre sua pele, cicatrizes que contavam histórias de dor.
No entanto, a maior batalha não era visível!
As noites eram povoadas por pesadelos, flashes de memórias sufocantes que a faziam acordar sobressaltada, o peito arfando, sentindo ainda o aperto dos dedos de Taylor em seu pulso, a ameaça em seus olhos.
Matilde nunca questionava. Apenas estava lá. Com chá de camomila, com palavras doces, com abraços silenciosos que ofereciam mais conforto do que qualquer remédio.
Uma tarde, ao