O Despertar do Amor
Com o passar dos dias, a recuperação de Ava ganhou contornos de uma lenta e dolorosa renascença.
As cicatrizes físicas, embora visíveis, tornavam-se menos imponentes diante da determinação que agora iluminava seus olhos. Em meio à tranquilidade da pequena propriedade de Matilde, ela encontrava momentos de alívio e esperança.
Cada manhã era uma batalha vencida, cada respiração um passo rumo à reconstrução de si mesma.
Nas longas tardes de sol, quando a brisa suave fazia as cortinas brancas dançarem pela sala, Ava se permitia refletir sobre o passado e seu futuro.
A propriedade onde havia vivido com Taylor, marcada por memórias turbulentas e decepções dolorosas, pesava como um fardo.
O velho casarão, outrora símbolo de um lar, agora carregava o eco dos gritos e dos conflitos.
Em seu íntimo, a vontade de vender aquele lugar se misturava a um desejo urgente de recomeçar, de se estabilizar na cidade, longe das sombras que tanto a atormentavam.
Enquanto ela