Irina se acomodou no sofá, mantendo a postura firme, braços cruzados discretamente sobre as pernas. A mansão ao redor parecia absorver a luz, tornando cada sombra mais intensa, cada detalhe mais intrigante. O Sr. Freitas caminhou até a mesinha de centro, pegando uma taça de líquido vermelho profundo.
— Uma bebida? — ofereceu ele, a voz suave, carregada de sedução. — Não se preocupe, é só algo leve.
— Não, obrigada — respondeu Irina, fria, mantendo o olhar fixo nele.
Ele sorriu de leve, inclinando-se para trás no sofá, a taça de sangue na mão. O reflexo da luz na superfície do líquido parecia hipnotizar, mas ela não desviou o olhar.
— Então me diga — disse ele, sua voz agora mais baixa, íntima, mas carregada de provocação — você não está curiosa para saber como eu sei quem você realmente é?
Irina arqueou uma sobrancelha, fingindo calma, mas sentindo um arrepio percorrer a espinha. Cada palavra dele tinha um peso, cada gesto transmitia poder.
— Curiosa? — repetiu, com tom neutro,