Na mesma noite em que seu pai é brutalmente assassinado por um animal selvagem, Lorelai é deixada com uma cicatriz das garras da criatura em seu rosto e sem memória do ocorrido. A jovem é acolhida por uma família generosa, mas logo começa a ser atormentada por pesadelos intensos e assustadoramente vívidos, que parecem ser mais do que apenas imaginação. Com o passar do tempo, Lorelai percebe mudanças perturbadoras em seu corpo e sentidos, desenvolvendo uma sede por sangue e um gosto inexplicável por carne crua. Em meio a intrigas e segredos sombrios, ela descobre que foi marcada por um alfa, um líder de uma alcateia que a reivindicou e fará de tudo para tê-la em seu grupo. Lutando contra seus novos instintos e o medo do desconhecido, Lorelai deve enfrentar a verdade sobre sua transformação e a ameaça crescente do alfa. Em uma jornada de autodescoberta e coragem, ela precisa decidir entre sucumbir à sua natureza bestial ou lutar por sua humanidade. A batalha final determinará seu destino e o futuro que ela escolherá para si mesma.
Ler maisA lua cheia brilhava intensamente no céu, iluminando a pequena cabana isolada na floresta. Dentro do pequeno cômodo escuro a garota respirava com dificuldade, tentando controlar o tremor em suas mãos. Seus olhos, dois lagos azuis, estavam fixos na porta, que ameaçava abrir a qualquer momento.
Do lado de fora, ela podia ouvir os passos pesados e desequilibrados de seu pai bêbado. O som dos vidros quebrando e dos gritos dele reverberavam pela casa, fazendo-a encolher-se ainda mais. Cada noite era uma batalha para sobreviver, mas naquela noite, algo estava diferente. O silêncio súbito a assustou mais do que os gritos.
De repente, um uivo distante ecoou pela floresta, penetrando o silêncio da noite. Lorelai se levantou lentamente, indo até a janela para olhar lá fora. A escuridão parecia mais ameaçadora do que nunca, e a sensação de estar sendo observada a fez recuar. O uivo se repetiu, mais próximo desta vez, e ela sentiu um frio na espinha.
Sem aviso, a porta da casa foi arrombada com um estrondo, e Lorelai ouviu o som de garras arranhando o chão de madeira. O cheiro metálico de sangue inundou o ar, e ela soube que algo terrível havia acontecido. Movida pelo instinto de sobrevivência, ela abriu a porta do quarto apenas uma fresta, apenas o suficiente para espiar.
A visão que encontrou a paralisou de horror. Seu pai jazia no chão, o corpo destroçado e sem vida. Sobre ele, um enorme lobo negro, com olhos brilhantes e selvagens, levantou a cabeça e a encarou. O animal rosnou, mostrando os dentes afiados manchados de sangue, e em um segundo, avançou na direção dela.
Lorelai gritou, fechando a porta com todas as suas forças, mas o lobo a derrubou com facilidade. Ela tentou recuar, mas suas pernas estavam paralisadas pelo medo. O lobo avançou rapidamente, e tudo o que ela pôde sentir foi uma dor aguda quando a pata do lobo acertou seu rosto, jogando-a contra a parede.
A escuridão envolveu Lorelai, e sua última visão foi dos olhos selvagens do lobo se aproximando antes que a inconsciência a tomasse por completo.
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Lorelai despertou em um ambiente estranho, o cheiro esterilizado de desinfetante preenchendo o ar. A luz branca e forte do teto a cegava momentaneamente enquanto ela tentava se situar. Ao se mexer, sentiu uma dor latejante na cabeça e no rosto. Lentamente, percebeu que estava em uma cama de hospital, com bandagens cobrindo partes de seu rosto.
Sua mente estava enevoada, fragmentos confusos de memórias piscando rapidamente, mas sem se conectarem. Tentou lembrar-se do que havia acontecido, mas tudo parecia um borrão. Uma sensação de pânico começou a crescer em seu peito. Onde estava? O que havia acontecido com ela?
— Finalmente, você acordou. — Uma voz suave interrompeu seus pensamentos.
Lorelai virou a cabeça lentamente para ver uma mulher desconhecida ao lado da cama. Ela tinha uma expressão gentil, com olhos preocupados e um leve sorriso nos lábios. Sua aparência já não era tão amigável quanto sua expressão, tinha a pele pálida e olhos acinzentados.
— Quem é você? — Lorelai perguntou, a voz rouca e fraca. A mulher se aproximou um pouco mais, puxando uma cadeira e sentando-se ao lado da cama.
— Meu nome é Helena. Eu estava fazendo uma caminhada na floresta quando encontrei você. Você estava inconsciente, machucada... eu chamei uma ambulância. Eles disseram que era um milagre você estar viva. — Lorelai franziu a testa, tentando forçar sua mente a lembrar.
— Eu... eu não lembro de nada. O que aconteceu comigo?
Helena hesitou por um momento antes de responder.
— Os médicos disseram que você sofreu um trauma muito grande. Às vezes, isso faz com que as memórias fiquem bloqueadas. É uma forma do seu cérebro te proteger.
Lorelai fechou os olhos, tentando puxar qualquer memória, mas tudo continuava em branco.
— Meu pai... onde está meu pai? — apavorava a vaga ideia de tomar uma bronca ou algo pior, mesmo que fosse vítima de um acidente. Helena abaixou o olhar, a expressão mudando para algo mais sombrio.
— Lorelai, quando te encontramos, você estava sozinha. Não havia ninguém mais por perto.
A resposta de Helena não trouxe alívio, apenas mais perguntas. Lorelai tentou sentar-se, mas uma onda de tontura a fez desistir.
— Eu preciso lembrar. Eu preciso saber o que aconteceu.
— Eu sei. — Helena disse suavemente, colocando a mão sobre a de Lorelai. — Mas por agora, concentre-se em se recuperar. Os médicos vão te ajudar a lembrar quando seu corpo estiver mais forte."
Lorelai assentiu lentamente, sentindo-se exausta. Ela se afundou nos travesseiros, deixando os olhos fecharem enquanto a dor e a confusão lentamente se transformavam em uma espécie de resignação. Ela sabia que as respostas viriam com o tempo, mas a sensação de algo terrível espreitando nas sombras de sua mente não a abandonava.
O Natal chegou, trazendo consigo a promessa de união e alegria. Lorelai havia decidido fazer uma grande comemoração, convidando todas as pessoas que participaram de sua jornada de crescimento. A casa estava magnificamente decorada, com luzes cintilantes, guirlandas verdes e vermelhas, e uma enorme árvore de Natal no canto da sala, repleta de enfeites e presentes. O jantar foi um banquete, com pratos tradicionais e sofisticados preparados com esmero. A mesa estava repleta de peru assado, pernil, diversas guarnições e sobremesas deliciosas. A casa estava cheia de risadas e conversas animadas, enquanto todos compartilhavam histórias e aproveitavam a companhia uns dos outros. Após o jantar, chegou a hora da troca de presentes. Dylan recebeu um presente especial de sua avó: um carro. Ele ficou sem palavras, emocionado com o gesto generoso. — Obrigado, vó! — disse Dylan, abraçando-a com força. — Isso significa muito para mim.<
O ensino médio de Dylan passou de forma tranquila e alegre, sempre fazendo amigos e participando de eventos incríveis. No último ano, ele teve a oportunidade de jogar na final do campeonato de lacrosse, um momento que marcaria sua trajetória escolar. No dia da final, o campo estava vibrante com as cores da escola. O sol brilhava intensamente, iluminando cada canto do gramado bem cuidado. O jogo estava acirrado, com ambos os times lutando ferozmente pela vitória. Dylan, com sua habilidade e determinação, conduziu o time com maestria. Nos momentos finais, ele executou uma jogada impecável, driblando dois adversários antes de lançar a bola com precisão para o gol, selando a vitória do time. Os gritos de comemoração ecoaram pelo campo. Seus colegas o ergueram nos ombros, a emoção e a euforia eram palpáveis. A festa começou logo após o jogo, e todos foram convidados. O sentimento de nostalgia inundava Emma, Alex e Dylan, pois aquela seria a última festa dele
Após ser resgatado e levado ao hospital, Dylan passou por uma bateria de exames. Lúcifer, reconhecendo a gravidade da situação, chamou Evelyn para garantir que Dylan recebesse o melhor atendimento possível. Evelyn, embora chateada pelo término recente com Luke, atendeu profissionalmente.— Dylan está bem, fisicamente — explicou Evelyn, com uma tristeza velada na voz. — Ele perdeu muito sangue, mas seu corpo está se recuperando rapidamente.Lorelai, embora grata pela ajuda de Evelyn, sabia que era hora de seguir em frente. — Obrigada por tudo, Evelyn. Agradeço de coração, mas acredito que esse seja nosso último contato.Evelyn assentiu, entendendo o sentimento. — Eu desejo o melhor para vocês. Cuide bem dele, Lorelai.Com Dylan estabilizado, ele foi liberado para ir para casa. Damian ficou ao seu lado durante todo o processo de recuperação, proporcionando apoio constante. No segundo dia após sair do cativeiro, Dylan recebeu uma visita especial de E
Com o segredo do sangue de Dylan exposto, a atmosfera ao seu redor se tornou ainda mais tensa. As palavras arrogantes e o comportamento hostil não passaram despercebidos, especialmente por aqueles que viam em Dylan uma fonte de poder. Naquela noite, enquanto Dylan caminhava solitário pela rua deserta, foi emboscado por figuras encapuzadas. O ataque foi rápido e silencioso. Sentiu um pano úmido ser pressionado contra seu rosto, um cheiro forte invadindo suas narinas antes que sua visão escurecesse. Quando acordou, estava em um lugar escuro e frio, preso a uma cama de metal. Sentiu os pulsos e tornozelos amarrados firmemente, impossibilitando qualquer movimento. Olhou ao redor, tentando entender onde estava, mas tudo que via eram paredes metálicas e equipamentos cirúrgicos espalhados. "Mas onde diabos estou?" murmurou Dylan, tentando se soltar. Ao seu lado, uma máquina complexa estava conectada a uma agulh
Depois de uma noite repleta de beijos e risadas, Emma adormeceu nos braços de Alex, sentindo-se segura e amada. A tranquilidade daquela noite contrastava fortemente com os eventos caóticos da festa. Na manhã seguinte, os dois acordaram meio atordoados, o brilho suave do sol penetrando pelas frestas das cortinas. Emma se espreguiçou, ainda aconchegada nos braços de Alex. — Bom dia — murmurou ela, um sorriso tímido nos lábios. Alex retribuiu o sorriso. — Bom dia, Emma. Dormiu bem? — Muito bem. — respondeu ela. A calmaria foi interrompida pelo som de batidas fortes na porta. Alex e Emma trocaram olhares curiosos antes de Alex se levantar para atender. Ele abriu a porta e se deparou com Dylan, que estava visivelmente abatido, os olhos vermelhos e a roupa amarrotada. O cheiro das poções ainda pairava no ar ao seu redor. — Dylan? — Alex exclamou, surpreso. — O que acont
O dia da eleição presidencial chegou com uma atmosfera de expectativa em todo o país. Lorelai estava no Palácio Presidencial, observando os preparativos para a cerimônia de posse do novo presidente. A sala principal estava decorada com bandeiras e flores, e os seguranças estavam posicionados em suas posturas formais. O novo presidente, um homem de meia-idade chamado Richard Donovan, estava se preparando nos bastidores. Ele tinha uma presença carismática e um discurso esperançoso que conquistou o coração da nação. Quando o momento chegou, Lorelai entregou a faixa presidencial a Richard com um sorriso sincero, sentindo um grande alívio e felicidade. — É uma honra passar essa responsabilidade para você, Richard. Tenho certeza de que você fará um excelente trabalho. — disse Lorelai, sua voz carregada de emoção. Richard agradeceu, e os aplausos ecoaram pela sala. Com a cerimônia concluída,
Último capítulo