George soltou um sorriso carregado de ironia, e sua voz firme atravessou a sala:
— Deve estar escondendo alguma coisa muito suspeita aí, do jeito que você protege essa pasta, né?
Dei uma risada leve, sem dar importância.
— Não tem nada de mais, é só um projeto da minha empresa.
— Já está dizendo "da sua empresa"? — Ele murmurou, com um tom de deboche. — Começou hoje e já está com esse discurso de camisa vestida?
Eu já não sabia se ele queria brigar ou só provocar. Respirei fundo, tentando manter a calma.
— Se entrei, tenho que dar o melhor desde o começo. Mesmo que esteja ali só há uma hora, ou no primeiro dia, é minha obrigação tratar tudo com dedicação, como se fosse minha própria casa. Senão, nem faz sentido trabalhar.
George soltou outra risada de desprezo.
— Você é mesmo um exemplo de funcionária modelo, né? Podia ensinar todo mundo a ser assim. Sua empresa devia erguer uma estátua em sua homenagem.
Só consegui revirar os olhos por dentro. O sarcasmo dele era sempre muito mais afi