Eu já não suportava mais o jeito de George, aquela oscilação de humor que ninguém conseguia prever. Sentia tudo se acumulando por dentro até explodir, então olhei direto nos olhos dele, rangendo os dentes, e soltei num impulso:
— Você gosta tanto de me fazer passar raiva, não é? Se quer acabar comigo, então termina isso logo de uma vez!
— Acha mesmo que eu não tenho coragem? — Ele rebateu diante do meu desafio, me empurrando com força contra a porta.
Instantaneamente, senti uma dor aguda atravessando o tornozelo, tão intensa que o rosto se fechou em careta e as lágrimas vieram sem conseguir segurar.
O olhar de George era cortante, distante, impiedoso.
— E aí, ficou com medo? Agora perdeu a pose? Até pouco tempo atrás, estava falando grosso, não estava?
Desviei o rosto, deixando as lágrimas escorrerem sem fazer barulho, já sem forças de esconder qualquer coisa.
Ele soltou uma risada seca, carregada de frieza.
— Vai começar a cena de vítima agora? Acha mesmo que isso me afeta?
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